Acho que já contei essa história aqui, mas não importa, vai de novo:
Há um tempo vi esse “documentário” (o dono do video não deixa incorporar, mas vale o clique na imagem abaixo que vai te levar pro Vimeo) e pensei: um dia vou pra Nova Iorque conhecer esse lugar.
O dia chegou. Foi em 2012.
A Flávia diz que meu olho brilhou quando entramos e vi atrás do balcão o ícone, o mestre, a lenda. E eu acredito. Lembro até hoje do quão nervoso eu estava, era um sonho virando realidade.
E porque estou contando essa historia? Porque depois de mais de 60 anos construindo e mantendo aquela que é considerada uma das melhores pizzarias do mundo, o mestre partiu. Que triste. Mas ao mesmo tempo que alegria poder ter vivido essa experiência.
Filas de 4 horas pra conseguir um pedaço, celebridades, equipes de TV, Anthony Bourdain na parede. Nada disso impressionou mais do que ver aquele senhorzinho montando cada um dos pedidos, puxando a pizza direto do forno com a mão, cortando o manjericão com uma tesoura e usando um regador azeite antes de servir. Seus filhos sempre do lado ajudando, mas o principal ele comandava.
Há um tempo, por conta da idade avançada, o Dom não estava mais ali no dia a dia do restaurante, mas sua alma sim, e vai continuar em cada pedaço, tenho certeza. Descanse em paz, Domenico!
Aproveitando, aqui vai um pequeno update das leituras que comentei numa edição passada:
TÁ TUDO NA MESMA
Não terminei nada e ainda comecei um livro novo que, confesso, não era uma leitura agendada pra agora:
Um dos meus heróis musicais, voz única, figura incrível, se foi e deixou o mundo da boa música de luto. Tinha conversado sobre ele com um amigo 2 dias antes.
Mark Lanegan, entre outras coisas, foi vocalista do Screaming Trees, banda da cena grunge de Seattle. Não teve tantos holofotes quanto os medalhões Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains e Soudgarden (que não suporto) mas, na minha opinião, foi a que mais empolgou. Isso sem contar a carreira solo, que é a melhor parte. Sua “subida” não foi exatamente um choque, dada a vida conturbada, pesada, cheia de altos e baixos, quase morte por Covid, surdez, drogas…. mas foi inesperada e entristece demais.
É um livraço, direto, sem papas na língua, porrada na boca do estômago.
Acho que já vi essa sessão umas 10 vezes e nunca cansarei.
E, por último, faça um favor pra você: assine essa playlist do Danger Mouse, é sério.
Se você não cancelou sua conta depois da treta do Neil Young (#sdds), faça isso.
Não tem nenhuma outra no Spotify tão boa, eclética, interessante, relevante, gostosa (ui!) e empolgante.
Bjos e abraços. Até a próxima.
Em meio as duas partidas, chega a indicação de uma playlist sensacional.